13 de dezembro de 2017

Sal à vontade. Esdras 7.22

O sal era usado em todas as ofertas queimadas ao fogo para o Senhor. Por suas propriedades de preservação e de purificação, o sal era um símbolo da graça divina no coração. Merece nossa atenção o fato de que quando Artaxerxes deu sal a Esdras, o sacerdote, não estabeleceu limite de quantidade (ver Esdras 6.9). Podemos estar certos de que o Rei dos reis, ao distribuir suas graças entre os participantes do sacerdócio real, não diminui a quantidade suprida. Com freqüência, somos restritos em nós mesmos, mas nunca somos restritos no Senhor. Aquele que decide recolher muito maná descobrirá que pode ter o quanto deseja. Em Jerusalém, não existe períodos de fome em que os cidadãos têm de comer seu pão racionado e beber sua água em medidas. Algumas coisas na economia da graça são medidas; por exemplo, nosso vinagre e nosso fel nos são dados com tal exatidão que nunca temos uma única gota a mais, mas do sal da graça não é feita restrição. “Tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá” (João 11.22). Os pais precisam lacrar as vasilhas de doces, mas não têm necessidade de fechar e esconder as vasilhas de sal, pois os filhos não comerão avidamente o sal. Um homem pode ter dinheiro demais, bem como honra demais, mas não pode ter demais da graça de Deus. Jesurum “engordando-se … deu coices” (Deuteronômio 32.15) contra Deus, mas não há possibilidade de o homem tornar-se cheio demais da graça. É impossível ter graça demais. Mais riquezas trazem consigo mais inquietações; todavia, mais graça traz consigo mais regozijo. Mais sabedoria é mais tristeza, mas a abundância do Espírito é a plenitude de gozo. Crente, busque o trono de Deus, suplicando-lhe amplo suprimento de sal celestial. Este temperará suas aflições, as quais não têm sabor sem sal. Ele preservará seu coração das corrupções, e, matará seus pecados assim como o sal mata os répteis. Você necessita muito. Busque muito, e terá muito. 
Charles Spurgeon

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