16 de abril de 2013

O CONHECIMENTO DE DEUS - PARTE I

“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”.  Texto: Oséias 6.1-6.

INTRODUÇÃO: A maior fraqueza na igreja hoje é uma falta do conhecimento de Deus. Muitos são como os samaritanos, de quem Jesus disse: “Vós adorais o que não sabeis;” (João 4:22). João 17:3 mostra a importância de conhecer a Deus: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. O que poderia ser mais importante que isso? Todavia, a palavra da profecia é verdadeira hoje: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento” (Oséias 4:6). Era do conhecimento de Deus do que o povo de Deus carecia nos dias dessa profecia. O versículo 1 deixa isso claro: “Na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus”. Como isso é verdadeiro hoje de novo! Nos dias de Oséias, a igreja tinha rejeitado o conhecimento. Especialmente os sacerdotes, seus líderes espirituais, tinham rejeitado o conhecimento e esquecido a lei de Deus. Assim, Deus ameaçou esquecer seus filhos e tornar a honra deles em vergonha (v. 6, 7). Se ao menos a igreja de hoje ouvisse essa Palavra de Deus, e visse que Deus está trazendo esses julgamentos sobre ela também! Oh! se a igreja retornasse ao Senhor e fosse curada!

SOBRE O CONHECIMENTO HUMANO

Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma coisa, como por exemplo: conhecimento das leis; conhecimento de um fato (obter informação); conhecimento de um documento; termo de recibo ou nota em que se declara o aceite de um produto ou serviço; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande conhecimento).O tema "conhecimento" inclui, mas não está limitado a, descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são úteis ou verdadeiros. O estudo do conhecimento é a gnoseologia. Hoje existem vários conceitos para esta palavra e é de ampla compreensão que conhecimento é aquilo que se sabe de algo ou alguém. Isso em um conceito menos específico. O conhecimento pode ainda ser aprendido como um processo ou como um produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e conceitos o conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa. A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada.
Aristóteles divide o conhecimento em três áreas: científica, prática e técnica. Além dos conceitos aristotélico e platônico, o conhecimento pode ser classificado em uma série de designações / categorias:

Conhecimento sensorial: É o conhecimento comum entre seres humanos e animais. Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato, audição e paladar).
Conhecimento intelectual: Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente. Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma lógica.
Conhecimento vulgar/popular: É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva, acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.
Conhecimento científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do conhecimento científico quase uma antítese do popular.
Conhecimento filosófico: Mais ligado à construção de ideias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição humana.
Conhecimento intuitivo: Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo diz respeito à subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à racionalidade humana. Manifesta-se de maneira concreta quando, por exemplo, tem-se uma epifania.
Conhecimento teológico: Conhecimento adquirido a partir da fé teológica, é fruto da revelação da divindade. A finalidade do teólogo é provar a existência de Deus e que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação.
O conhecimento teológico, como acima enunciado é fruto da revelação, o que transcende a todas as outras formas pelas quais chegamos a conhecer as coisas, não necessitando nós, nesses casos, da concordância com a percepção dos sentidos ou com os raciocínios da razão.