INTRODUÇÃO: A maior fraqueza na igreja hoje é uma falta do conhecimento de Deus. Muitos são
como os samaritanos, de quem Jesus disse: “Vós adorais o que não sabeis;” (João
4:22). João 17:3 mostra a importância de conhecer a Deus: “E a vida eterna é
esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a
quem enviaste”. O que poderia ser mais importante que isso? Todavia,
a palavra da profecia é verdadeira hoje: “O meu povo foi destruído, porque lhe
faltou o conhecimento” (Oséias 4:6). Era do conhecimento de Deus do que o povo
de Deus carecia nos dias dessa profecia. O versículo 1 deixa isso claro: “Na
terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus”. Como isso é
verdadeiro hoje de novo! Nos
dias de Oséias, a igreja tinha rejeitado o conhecimento. Especialmente os
sacerdotes, seus líderes espirituais, tinham rejeitado o conhecimento e
esquecido a lei de Deus. Assim, Deus ameaçou esquecer seus filhos e tornar a
honra deles em vergonha (v. 6, 7). Se ao menos a igreja de hoje ouvisse essa
Palavra de Deus, e visse que Deus está trazendo esses julgamentos sobre ela
também! Oh! se a igreja retornasse ao Senhor e fosse curada!
SOBRE
O CONHECIMENTO HUMANO
Conhecimento
é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma coisa, como por exemplo:
conhecimento das leis; conhecimento de um fato (obter informação); conhecimento
de um documento; termo de recibo ou nota em que se declara o aceite de um
produto ou serviço; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande
conhecimento).O
tema "conhecimento" inclui, mas não está limitado a, descrições,
hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são úteis ou
verdadeiros. O estudo do conhecimento é a gnoseologia. Hoje existem vários
conceitos para esta palavra e é de ampla compreensão que conhecimento é aquilo
que se sabe de algo ou alguém. Isso em um conceito menos específico. O
conhecimento pode ainda ser aprendido como um processo ou como um produto.
Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e conceitos o
conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como
todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento
como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo
exterior à pessoa. A
definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste
de crença verdadeira e justificada.
Aristóteles divide o conhecimento em três áreas: científica,
prática e técnica. Além dos conceitos aristotélico e platônico, o
conhecimento pode ser classificado em uma série de designações / categorias:
Conhecimento
sensorial: É o conhecimento comum entre seres humanos e animais. Obtido a
partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato,
audição e paladar).
Conhecimento
intelectual: Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-se de um
raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente.
Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma lógica.
Conhecimento
vulgar/popular: É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da
cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise metodológica.
Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva, acrítica e que, além
de subjetiva, é superficial.
Conhecimento
científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no
intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se
contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na
metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de
construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais
características, faz do conhecimento científico quase uma antítese do popular.
Conhecimento
filosófico: Mais ligado à construção de ideias e conceitos. Busca as verdades
do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo
modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia
experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis,
metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu
olhar sobre a condição humana.
Conhecimento
intuitivo: Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo diz respeito à
subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à racionalidade humana.
Manifesta-se de maneira concreta quando, por exemplo, tem-se uma epifania.
Conhecimento
teológico: Conhecimento adquirido a partir da fé teológica, é fruto da
revelação da divindade. A finalidade do teólogo é provar a existência de Deus e
que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por
isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode
basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas
que lhe dão sustentação.
O
conhecimento teológico, como acima enunciado é fruto da revelação, o que
transcende a todas as outras formas pelas quais chegamos a conhecer as coisas,
não necessitando nós, nesses casos, da concordância com a percepção dos
sentidos ou com os raciocínios da razão.